O endividamento é resultado de um conjunto de decisões tomadas ao longo do tempo e se não houver correção deste comportamento o ciclo negativo se repete. Estas situações críticas, porém, são temporárias e podem ser revertidas, afirma Vitor Nogueira, planejador financeiro da consultoria de investimentos n2, parceira da Prevcom na atuação do Conta Comigo, o nosso Programa de Educação Financeira e Previdenciária. Para o especialista, é preciso assumir compromissos, construir uma rotina diferente e ficar alerta diante de alternativas milagrosas que oferecem soluções rápidas para os problemas.
O empréstimo consignado, por exemplo, é uma faca de dois gumes, assinala Noronha. Esta modalidade de crédito está associada a uma renda que tende a se perpetuar e “se você abusa deste recurso, engessa seu orçamento e tem pouca margem de negociação”, afirmou o consultor durante palestra realizada para participantes da Prevcom.
Um fenômeno recente são os sites de apostas que, de acordo com pesquisa da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), têm atraído 14% da população que o corresponde a 22 milhões de pessoas. A questão revelada no levantamento é que uma parcela dos usuários considera as “bets” uma forma de investimento, o que é um equívoco.
De acordo com Noronha, muitas pessoas descobriram as milhas de cartão de crédito e não percebem que elas foram criadas para estimular as compras e o descontrole financeiro. Além destes cuidados, o economista recomenda agir com prudência no momento de adotar cortes radicais de gastos. “Não existe dieta restritiva que dê certo no longo prazo. Até para fazer sacrifício é preciso ter inteligência, ter um plano”.
Na avaliação do consultor, com as dívidas mapeadas deve-se estabelecer uma escala de prioridades elegendo as que crescem rapidamente, as mais elevadas e aquelas de alto custo emocional agregado, como é o caso dos empréstimos feitos com amigos e parentes. Com o orçamento em mãos, é possível definir com quem conversar primeiro, estruturar propostas e evitar fechar acertos via sites, telefone e aplicativos. “Vá conversar pessoalmente com seu credor e mostre que tem um plano e um esforço pessoal para resolver o problema. Desta forma, vai chegar a uma condição mais favorável”, afirma Noronha.
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