Em um ano difícil para a maioria dos fundos de pensão brasileiros, os investimentos da Fundação de Previdência Complementar do Estado de São Paulo (SP-PREVCOM) tiveram rendimentos de 7,27% de 11 de março (data de início das operações) a dezembro/2013 e um retorno financeiro anual que equivale a 8,96% (a.a). Isso significa que quem investiu em um plano previdenciário da SP-PREVCOM no ano passado teve um retorno de 2,88% (a.a) acima da inflação (se considerarmos o IPCA* do período) e 8,68% acima da rentabilidade média dos planos CD (Contribuição Definida), que foi de 0,25% (a.a) em 2013 (índice divulgado no último mês de fevereiro pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar - Previc).
Entre os 62 planos públicos citados no levantamento da Previc, a média de rendimentos foi de 0,93%, ou seja, os planos PREVCOM RG e PREVCOM RP (as inscrições ao PREVCOM RG-UNIS só foram abertas em dezembro) acumularam 7,95% (a.a) a mais do que a média da maior parte dos fundos de pensão com estas características no Brasil.
Ao todo, o órgão regulador e fiscalizador analisou os rendimentos de 730 dos 787 planos previdenciários ativos em funcionamento no país. Destes, 348 são do tipo CD. Do total de 787 fundos, 57 foram excluídos da análise por apresentarem dados inconsistentes.
2013: ano difícil para fundos de pensão
De acordo com o jornal Valor Econômico, a difícil conjuntura do mercado financeiro no ano passado levou diversos fundos de pensão a registrar déficit em seus planos de benefícios. Levantamento da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) com a Gama Consultores Associados (citado pelo jornal), mostra que o número de planos em déficit subiu para 262 (setembro de 2013), ante 136 no fechamento de 2012.
*O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) é medido mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e é considerado o índice oficial de inflação do País.
