A carteira de investimentos da Fundação de Previdência Complementar do Estado de São Paulo (Prevcom) fechou o mês de setembro com rentabilidade de 0,07%. O resultado reflete a volatilidade dos mercados afetados pela deterioração das expectativas de inflação, crise energética e choques externos, entre outros fatores, que atingiram todas as classes de ativos.
O cenário de incertezas teve impacto significativo sobre as aplicações em renda variável. A Bolsa de Valores fechou em queda de 6,57%, aprofundando a performance negativa registrada nos meses de julho e agosto. Neste período, os retornos positivos dos investimentos no exterior, que alcançaram 0,63% no MSCI Europe e 1,22% no MSCI World, não foram suficientes para compensar a retração do índice doméstico.
Com este desempenho, o acumulado de janeiro a setembro alcançou 7,04% e se manteve acima do IPCA de 6,90%. Nos primeiros nove meses de 2021 o CDI rendeu 2,52% e a poupança atingiu 1,77%. O objetivo, composto pela variação do IPCA mais 4%, atingiu 10,09%. A análise da performance em 12 meses, parâmetro importante para investimentos de longo prazo, apontou rendimento de 12,16% e fechou a 2,5 p.p. do alvo de 14,66%. O resultado anualizado corresponde a 404% do CDI, que rendeu 3,01%, superou os 10,25% da inflação e os 2,12% da poupança.
O cenário de inflação alta cria dificuldades para que os fundos de renda fixa tenham as mesmas rentabilidades do passado. Com a inflação consistentemente bem acima do CDI os denominados juros reais negativos provocam a alta de juros nos mercados futuros e, consequentemente, marcação a mercado negativa em títulos de renda fixa trazendo também volatilidade para a parte mais conservadora da carteira.