Fran Nascimento tem MBA em Finanças pelo Insper e mais de 25 anos de experiência no mercado financeiro. Saiba mais aqui .
O mês termina no Brasil com mais um corte de 0,50 ponto na taxa básica de juros (Selic), levando a 11,25% e permanecendo na perspectiva de continuidade do ritmo de cortes nas próximas reuniões. Analistas seguem apontando que juros devem encerrar o ano de 2024 em torno de 9% a 9,25%. Já para o mercado de ações, o cenário é diferente, após o ano 2023 positivo em +22,28% com recorde histórico de 134 mil pontos, janeiro começou em queda de -4,8%. A realização de lucros e a saída de investimento estrangeiro, a queda do preço internacional do minério e incertezas sobre os indicadores econômicos da China foram os principais responsáveis por este resultado.
Nos EUA, o FED (Banco Central Americano) manteve sua taxa básica de juros inalterada entre 5,25% e 5,5%. A fala de Jerome Powell após a decisão baixou a expectativa do mercado de que o início do ciclo da queda da taxa de juros seria em março. Em comunicado, Powell menciona: “março parece muito cedo para início do corte de juros. As decisões são tomadas a cada reunião mediante aos dados econômicos”, ou seja, enquanto não estiver confortável com o comportamento da inflação, não iniciará o corte de juros. No Reino Unido, o BOE (Banco da Inglaterra), também manteve os seus juros estáveis.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou alta de 0,42% em janeiro, acumulando 4,51% no ano. Levemente acima da expectativa do mercado, que projetava alta acumulada de 4,43%. Os grupos de alimentação e bebidas foram os principais responsáveis por essa alta.
Recomendação: Mantemos posições de cautela, mas atentos a oportunidades. Considerando expectativa para taxa básica de juros no final de 2024 em torno de 9,0%, ainda em linha com a nossa meta. A preferência é concentrar investimentos em ativos de Renda Fixa, que acompanhem a taxa de juros e inflação (Imab-5).