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Diretora de Investimentos da Prevcom conta como foi março de 2023

17/04/2023 10:57

Fran Nascimento tem MBA em Finanças pelo Insper e mais de 25 anos de experiência no mercado financeiro. Saiba mais  aqui .

A diretora de Investimentos da Prevcom, Fran Nascimento, traça o panorama de como os mercados se comportaram em março de 2023.

O mês de março foi marcado principalmente pelos eventos no setor bancário nos Estados Unidos e na Europa e especulações sobre divulgação do arcabouço fiscal no Brasil, o que levou a um ambiente de incertezas e grande volatilidade, tanto no mercado externo, quanto no doméstico.

No Brasil, o mercado operou em torno de especulações sobre o novo arcabouço fiscal e pressões e críticas de governo e empresários ao Banco Central, sobre a redução da taxa de juros. Os dados de curto prazo, como desaceleração da inflação e da atividade econômica, poderiam ter gerado descompressão nos juros futuros, porém, as incertezas no campo fiscal e expectativas de inflação futura levaram a movimentos de cautela. Consequentemente, o Copom segue firme com postura conservadora e, na reunião de março, manteve a taxa Selic estável em 13,75%. Acredita-se que esse patamar seja o topo do ciclo de alta de juros no Brasil, que estamos próximos do início do ciclo de baixa. Mas quando vai começar? Mesmo mediante a ata do Copom, não está claro o início e o mercado segue especulando em torno desta incerteza.

A bolsa brasileira segue com preços atrativos, porém, as indefinições e especulações no campo fiscal impactaram de forma negativa e mais uma vez o Ibovespa fechou em queda, acumulando -2,91% no mês e 101.882 pontos. O resultado descolou das principais bolsas internacionais, como Nasdaq 3,4%, Dow Jones 2,3% e S&P 500 3,6%.

A inflação oficial, medida pelo IPCA de março, foi de 0,71%, acumulando 4,65% em 12 meses. A taxa ficou abaixo da expectativa do mercado, que era de 0,77%/0,78%. O impacto mais forte veio do preço da gasolina, que subiu 8,33%, seguidos por saúde e habitação.

O cenário internacional em março foi novamente desafiador, uma vez que, além da pressão inflacionária, se deparou com impactos negativos resultantes dos eventos no setor bancário relacionados a bancos de atuação regional nos EUA (SVB e Signature Bank) e o Credit Suisse, na Europa, criando um ambiente negativo no setor bancário, com riscos de uma corrida bancária e especulações sobre uma crise sistêmica generalizada. As autoridades financeiras desses países intervieram rapidamente e conseguiram acalmar os mercados, deixando o sentimento convencional de que empresas e instituições financeiras podem enfrentar dificuldades em um ciclo de aperto monetário, ainda mais por se trata de um aperto monetário global.

No campo do ciclo de aperto monetário, os bancos centrais se pronunciaram com visão de que o ciclo de aperto está perto do fim, no entanto, o FED (Federal Reserve System) e o Banco Central Europeu (ECB) prosseguiram elevando os juros. A Europa segue com sinais positivos de que o efeito do aperto monetário tem feito progresso em conter os preços. No entanto, o BCE ainda não dá sinais claros de fim do ciclo de alta de juros.

Recomendação

Considerando manutenção do cenário de incertezas, aversão a riscos, expectativa de obter maior clareza quanto ao arcabouço fiscal e taxa básica de juros em 13,75%, seguimos recomendando posição conservadora. Preferência por investimentos em ativos de renda fixa, que acompanhem a taxa de juros, inflação (Imab-5) ou em produtos com estratégias de proteção.

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